segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Eça de Queiroz - Fotobiografia







Espíritos de Gelo - LeYa - Textos de capa e revisão

Contracapa
Um homem acorda acorrentado numa sala de tortura sem se lembrar de nada. Sem fazer a menor ideia de como foi parar lá.
Um baixinho com uma camiseta do Black Sabath o interroga, enquanto os capangas –“dois sujeitos vestidos com roupas de couro apertadas, compradas em algum sex shop de baixa qualidade para simular o mais próximo possível de um clube sadomasoquista” – o auxiliam. Eles querem que o homem conte o que aconteceu – detalhadamente – antes de chegar até ali. Querem que ele explique como foi parar dentro de uma banheira cheia de gelo.
O problema é que seu inconsciente está bloqueando essas informações por causa de um trauma.
Numa narrativa emocionante e misteriosa, Raphael Draccon conduz o leitor ao universo desse homem acorrentado pelos próprios erros e dramas. Sexo, magia e vingança se misturam para criar uma trama surpreendente.
E há algo que o leitor com certeza aprenderá neste livro:
“Existem três coisas capazes de virar a cabeça de uma pessoa: amor, dinheiro e poder. Dê ou retire qualquer um desses itens, e ela enlouquece.”

Orelha

Espíritos de gelo é um livro que navega pelo tempo e investiga fenômenos mágicos. Resgata aspectos de culturas milenares ao passo em que viaja pela contemporaneidade – envolvendo desde séries de TV e os mais novos roteiros de Hollywood a bandas de rock e suas histórias surpreendentes.
Seus personagens, que bem poderiam ter saído de um filme do Tarantino, vivem e revivem histórias que parecem... verdadeiras lendas urbanas. Neste livro, nada, absolutamente nada, é previsível.
Quais são os limites físicos e psicológicos de um ser humano? O que ele é capaz de suportar?
Quem pretende entrar no universo dos Espíritos de gelo e descobrir isso precisa se preparar para viver emoções intensas, afinal, quando amor, dinheiro e poder se misturam, qualquer final pode acabar sendo trágico.

Autor
Raphael Draccon é roteirista profissional e autor de literatura fantástica contemporânea, ficção de horror e romances sobrenaturais. É o autor mais jovem a assinar com os braços nacionais de duas das maiores holdings editoriais do mundo, e roteirista premiado pela American Screenwriter Association.

Treino para mulheres - LeYa


Revisão Perácio - LeYa

Revisão Sarney: a biografia - LeYa

Ímpio - Copidesque/edição/textos de capa - LeYa


“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.” (Mateus 7:15)

Um menino pastor torna-se um bem-sucedido e cético jornalista e resolve revelar todo o processo que o induziu ao caminho da fé na infância.
Se você é um ateu inconformado com a lavagem cerebral provocada por certas instituições religiosas, com o fanatismo de alguns indivíduos que incansavelmente buscam convertê-lo – um ímpio –; se você crê em Deus, e por isso não suporta a ideia de ver seu nome violado por interesses diversos; ou se você não sabe em que acreditar em meio há tantas profanações,  este  livro é para você.
Aqui, você conhecerá os bastidores de algumas instituições religiosas e o seu processo missionário, o dia a dia dos fiéis e, principalmente, terá argumentos contra aqueles que buscam convertê-lo.
E tudo isso, por meio de um texto lúcido – pois, para Fábio Marton, duvidar é apenas “seguir o que Jesus recomendou” – e  sem preconceitos, afinal a filosofia, a ciência e a política também têm seus falsos profetas, seus “lobos devoradores”.

Leia um trecho do livro abaixo:

Como deixar de ser crente nº 1: milagre bom vem de longe
“Não serão poucas as vezes neste livro em que vou falar em milagres cabeludos. Todos, sem exceção, tem a mesma estrutura: o pregador, ao estilo caixeiro-viajante, chega numa igreja longe de onde mora, conta sua história e vai embora o mais depressa que pode.
 Jamais se ouve falar em alguém que morreu e ressuscitou, ou foi curado do câncer, dentro da própria comunidade – isso são sempre histórias de forasteiros. Já milagres simples, como ter uma dor nas costas curada, podem ser locais.
 A Igreja Católica afirma ter também seus milagres. Quando alguém começa a falar em eventos sobrenaturais, tais como curas, aparições, imagens que sangram e corpos que não se decompõem, uma comissão passa a investigar o caso, de forma a determinar se aquilo pode ser explicado por causas naturais ou se é um milagre legítimo.
 Eu não acredito nos milagres da Igreja Católica. Mas admitamos que há uma sensatez nesse processo. Os católicos aceitam o fato de que o ser humano é capaz de dar explicações extravagantes para coisas corriqueiras, passar adiante histórias das quais não foi testemunha, e aumentar os fatos para impressionar seus ouvintes. Aceitam também que existem pessoas que mentem, e que algumas delas se dirão cristãs.”
 Fábio Marton

domingo, 6 de novembro de 2011

Herança de Maria - LeYa


Contracapa
Quem é a mulher que, para proteger o filho, é capaz de enfrentar a ditadura? A mulher capaz de estalar um tapa na cara do soldado boca-suja que não teve mãe que o educasse?
 “Decerto ela nem sabia direito o que era uma ditadura, só sabia que ali, na avenida com as portas do comércio baixadas e fumaça de rojões no ar, os estudantes (portanto seu filho junto!) atiravam pedras nos soldados que atiravam para o alto (...).”
Não, ele não tinha uma mãe comum. E, por isso, ali, diante de sua imagem inerte, ele sofria com o destino que a esperava. Passar meses, anos, vegetando?
Que morte teve Maria, a mãe de Jesus? Que morte deveria ter aquela mulher forte, íntegra, corajosa? O que ele poderia, ou deveria, fazer por essa mulher, sua mãe, que trazia na face a herança de Maria?
Personagens tão marcantes foram poucas em nossa literatura. E é por isso que o novo romance do premiado escritor Domingos Pellegrini, ganhador de dois prêmios Jabutis, desafia as emoções do leitor contemporâneo, contando a história de uma mulher simples capaz de operar verdadeiros “milagres” na vida daqueles que a conhecem...

Orelha
Um filho diante da mãe em seu possível leito de morte. Morte que poderia chegar em dias, meses ou anos. Uma mãe completamente fora do comum que dizia  – e parecia – trazer em si a herança de Maria, a mãe de Jesus. Uma história envolvente, que se mistura com a do Brasil, na qual figuram civis e militares, homens e mulheres, jovens e velhos. Esse é o contexto do novo romance do premiado autor londrino Domingos Pellegrini, ganhador de dois Jabutis pelos livros O Caso da Chácara Chão e O Homem Vermelho.
“Um dia, ela abençoou uma menina japonesa que soluçava, soluçava sem parar (...), machucando a garganta castigada pelos sola­vancos, enrijecendo o pescoço até dar cãibras que exigiam toalhas quentes e massagens e acupuntura, de modo que a menina chegou ao apartamento com olhos de dolorida resig­nação e olheiras de cansaço. (...) tua mãe co­locou a mão na cabeça dela, falou descansa, filha, descansa, e a menina fechou os olhos, parando de soluçar, a cabeça caiu de lado, a mãe dela segurou, o pai dela também segurou pelos ombros para ela não cair do banquinho. E tua mãe também ficou de olhos fechados um tempão (...). Eu saí, fui fumar, voltei, fui fumar, voltei, e lá pelas tantas tua mãe abriu os olhos e sorriu, bateu as mãos e a menina acordou, tua mãe falou vai, minha filha, vai com Deus, e daqui pra frente você não vai mais soluçar, só vai sorrir. E a menina, que os pais diziam que nunca sorria, coitadinha, sorriu e nunca mais soluçou.”

Viagem solitária - LeYa

“Era como se quisesse dizer a todas as pessoas que o meu físico não era aquele, ou melhor, fazê-las entender que meu corpo mentia contra mim. Pouco a pouco, essa realidade se agigantou dentro e fora de mim. Ainda não tinha condições de expressar isso diretamente. Foi então que descobri a grande solução.”

Viagem solitária conta a história de João W. Nery, o primeiro transexual masculino de que se teve notícia no Brasil. Especialmente dedicado a todas as pessoas que se reinventam para achar um lugar no mundo, narra a infância triste e confusa do menino tratado como menina, a adolescência transtornada, iniciada com a “monstruação” e o crescimento dos seios – que fazia de tudo para esconder –, o processo de autoafirmação e a paternidade.
São muitos os personagens dessa história, de Darcy Ribeiro, considerado seu mentor intelectual e um dos primeiros amigos a compreenderem-no, a Antônio Houaiss, que, sendo um grande defensor das liberdades democráticas, recomendou seu primeiro livro para publicação, Erro de pessoa: Joana ou João?, do qual foi prefaciador.
História de dramas, incompreensões e lutas, Viagem solitária é um livro tecido de dor e de coragem e que anuncia, talvez, um mundo menos solitário para os “diferentes”, para aqueles que não se enquadram entre as maiorias... Por isso, caro leitor, o conselho do mestre Antônio Houaiss: “Leia-no e humanize-se”.


“— Filho, o João nasceu mulher e virou homem.
Meu mundo caiu. (...) Fiquei dias com aquilo na cabeça. Hoje, 15 anos depois, com os horizontes (espero) mais amplos, reencontro João em sua casa. Desta vez, sua figura me é completamente normal, e a primeira impressão que tenho é de que minha mãe estava enganada: João não nasceu mulher e quis virar homem. Nada disso. João nasceu homem, mas preso num corpo de mulher.”
Millos Kaiser – jornalista

“João W. Nery é uma referência nacional não só por ter sido o primeiro trans-homem do Brasil (como aparece na mídia), mas também por sua generosidade e sua coragem em compartilhar sua experiência singular, mostrando-nos que é possível sermos o que desejamos, sem cedermos às constrições sociais que nos são impostas pela sociedade e pela cultura.”
Simone Ávila ­- pesquisadora em Identidades de Gênero e Subjetividades

O primeiro livro de João W. Nery é “múltiplo: fala ao leitor romanesco, ao policialesco, ao sexista, ao sadista, ao masoquista, ao realista, ao experimentalista, ao transexualista, ao metassexualista, em resumo, a todos os seres humanos que leem”.
Antônio Houaiss - filólogo, professor, crítico literário e diplomata

O Cortiço - Edição, introdução, complemento de leitura, textos de capa


Contracapa
Publicado pela primeira vez em 1890, O Cortiço descreve uma habitação coletiva no Rio de Janeiro do final do século XIX.
Retrato implacável da sordidez e dos vícios humanos, o livro é uma tese determinista de Aluísio Azevedo, que revela a suscetibilidade do homem diante de certas forças, como seu meio social, sua raça, sua época.
Trata-se da obra-prima do Naturalismo brasileiro e, conforme Alfredo Bosi, “uma das conquistas definitivas do nosso romance”.


Orelha 1
“[Em Aluísio] a natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos".

O Cortiço simboliza o intenso momento de transformação urbana pelo qual passou o Rio de Janeiro, a partir da segunda metade do século XIX. Dentro da linha realista-naturalista, narra a ascensão do imigrante português.”
José Veríssimo

O Cortiço representa uma das conquistas definitivas do nosso romance. [Aluísio] (...) tendo pesquisado, à maneira naturalista, tipos, fatos, situações em diferentes circunstâncias e camadas sociais, contou com um material de observação suficiente para dar ao seu romance uma categoria social de indiscutível valor e importância.”
Antonio Candido

Orelha 2
Influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola, Aluísio Azevedo foi o introdutor do Naturalismo no Brasil, tendo sido seu maior representante no país.
Foi um crítico tenaz da sociedade e de suas instituições. Trabalhando por meio da observação de determinadas características sociais, buscava destacar os aspectos mais repugnantes e grotescos da realidade, retratando o ser humano como animal.
Foi consagrado por três obras: O mulato, Casa de pensão e O Cortiço, sua obra-prima.

REALISMO/NATURALISMO
Taís Gasparetti

O Realismo foi um movimento literário que se iniciou na Europa, na segunda metade do século XIX, com a publicação do romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert.
Fazendo oposição ao idealismo do movimento romântico, os realistas concebiam os fatos de forma mais objetiva e fiel à vida real. Assim, o romance deixa de ter a função de distrair e entreter, como boa parte da produção folhetinesca do Romantismo, e toma nova importância: mostrar a realidade, diagnosticar as patologias humanas e sociais, apontar a corrupção e os desvios de caráter da sociedade.
O Naturalismo surgiu na mesma época, idealizado pelo francês Émile Zola, e foi um movimento caracterizado pela radicalização do Realismo, tendo em vista o objetivo de comprovar os fatos e as ações dos personagens do ponto de vista das ciências naturais, com o intuito de provar que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. Nas palavras de Alfredo Bosi,[1] “o Realismo se tingirá de Naturalismo, no romance e no conto, sempre que fizer personagens e enredos submeterem-se ao destino cego das ‘leis naturais’ que a ciência da época julgava ter codificado”.


Contexto histórico

A partir da segunda metade do século XIX, a Europa passa por grandes e significativas mudanças. Muitas delas responsáveis pela constituição das sociedades ocidentais de hoje.
A burguesia começa a, definitivamente, tomar espaço. Com isso, os interesses burgueses, industriais e materialistas passam a imperar; as cidades industriais se desenvolvem e o grande contingente de operários que nelas passa a viver e trabalhar revolta-se; agitações políticas espalham-se pelo continente.
Ao mesmo tempo, a ciência – sobretudo a natural – passa por um desenvolvimento tão intenso que, com seus métodos de experimentação e observação da realidade, se torna a única apta a explicar o mundo.


Influências

De acordo com esse contexto, algumas teorias, além de marcar a época, influenciaram o surgimento e a constituição dos ideais realistas/naturalistas. Dentre elas, destacamos:

o  Positivismo – teoria segundo a qual apenas por meio da experiência se chega à “verdade”. Um de seus defensores foi Auguste Comte, pensador e sociólogo francês – e considerado precursor da Sociologia – que defendia que a análise social deveria se basear nos métodos positivos adotados por outras ciências: como a observação, a comparação e a experimentação.

o  Darwinismo – como ficou conhecida a teoria da seleção natural, segundo a qual apenas os mais aptos e fortes de cada espécie conseguiriam sobreviver. Foi o cientista natural inglês Charles Darwin – que chocou o mundo com o fruto de suas pesquisas (e até hoje é alvo de polêmicas) – que, com a publicação da obra A origem das espécies, embasou essa teoria. Para o Realismo/Naturalismo, a consequência dessa corrente filosófica é a visão do homem como um animal (que, como outras espécies, evoluiu), em detrimento da visão espiritualizada do Romantismo.
 
o  Determinismo – teoria segundo a qual o homem é condicionado pelos fenômenos que vivenciou, passando a ser deles consequência. Assim, fatores como o meio social e a herança genética explicam suas decisões e comportamentos.


O AUTOR

Aluísio Azevedo (1857-1913) nasceu em São Luís-MA, filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo e de D. Emília Amália Pinto de Magalhães. Aos 17 anos viajou para o Rio de Janeiro a convite do irmão, o teatrólogo Artur Azevedo, e começou a estudar na Academia Imperial de Belas-Artes. Tão logo se estabeleceu no Rio, passou a colaborar com caricaturas e poesias em jornais e revistas.
Para ganhar a vida como escritor, dedicou-se a dois tipos de literatura: a primeira, escrita para ganhar o público geral e vender bem, tem início a partir da publicação de Uma lágrima de mulher (1880); a segunda, como ideal literário e forma de expressar sua visão de mundo, que o tornou célebre até os nossos dias como naturalista, tem início com O mulato (1881), seguida da publicação de Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890), sua obra-prima.
Em 1895, Aluísio ingressou na carreira diplomática e encerrou a sua história na literatura brasileira. Morreu, a serviço, na Argentina, em 1913.


O NATURALISMO DE ALUÍZIO AZEVEDO


Influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola, Aluísio Azevedo foi o introdutor do Naturalismo no Brasil, tendo sido seu maior representante no país.
Foi um crítico tenaz da sociedade e de suas instituições. Trabalhando por meio da observação de determinadas características sociais, buscava destacar os aspectos mais repugnantes e grotescos da realidade, retratando o ser humano como animal, com o intuito de estabelecer uma tese determinista.
De vocabulário rico e detalhista ao caracterizar os costumes, a moda e as interdições da época, Aluísio apresentava análises de cunho materialista e enredos de ritmos vertiginosos. Seus temas prediletos foram o anticlericalismo, o preconceito racial, o adultério e os vícios morais.
Para ganhar a vida como escritor, dedicou-se a dois tipos de literatura: uma com intuito meramente comercial e outra como ideal literário. A segunda o consagrou na literatura e é marcada por três obras:
 - O mulato, obra considerada marco do Naturalismo no Brasil, que provocou um grande escândalo na sociedade da época.
- Casa de pensão (1884), que descreve a vida nas pensões onde jovens estudantes do interior se hospedavam e foi inspirada em um caso policial verídico ocorrido no Rio de Janeiro.
- O cortiço (1890), sua obra-prima, que narra a vida miserável dos moradores de habitações coletivas no Rio de Janeiro.


SOBRE O CORTIÇO

Retratando uma habitação coletiva no Rio de Janeiro do final do século XIX, O Cortiço é uma tese determinista de Aluísio Azevedo e mostra como o homem é suscetível a forças maiores do que ele: o seu meio social, a sua raça e o seu momento histórico. Nesse livro, o autor traça um retrato implacável da sordidez e dos vícios humanos.
 Com diversos personagens marcantes que vão se corrompendo no decorrer da narrativa, é difícil definir o protagonista, pois mais forte que todos eles é o próprio Cortiço, que, como que personificado, possui uma história própria e cresce – como personagem esférico – no decorrer da narrativa.
Diversas histórias se relacionam para constituir a do Cortiço, símbolo do meio social que corrompe o indivíduo, tendo mais força do que o caráter ou a vontade individual. Destacam-se os personagens João Romão, português ganancioso e dono do cortiço; Bertoleza, escrava que trabalha para comprar sua alforria e torna-se companheira de João Romão, sendo explorada por ele; Miranda, representante da família burguesa; Rita Baiana, mulata sensual, amante de um capoeira; Jerônimo, português trabalhador, símbolo da moral e da ética; Pombinha, adolescente pura e estudada.
A trama é claramente uma tese determinista que, como uma teia que vai amarrando e dominando a presa, se prova por meio dos personagens que se corrompem. Além disso, sob influência darwinista, é o mais “forte” quem sempre obtém sucesso. A fêmea domina o macho porque detém sobre ele o poder da sedução e do instinto. O ganancioso enriquece às custas da exploração dos honestos.




[1] BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1976, p. 214.

Histórias de horror - Editora


Contracapa

Seres de outras dimensões que no passado dominaram o nosso planeta estão à espreita para reconquistá-lo! Poucos sabem disso. Artistas, pintores e escritores – almas sensíveis –, vislumbram a sua existência em sonhos ou em acessos de delírio. Grupos primitivos, por estranhas razões, os cultuam. E apenas alguns poucos homens – verdadeiros heróis eruditos – buscam pistas sobre essas criaturas e as estudam. São os únicos que podem nos proteger.
Numa mistura de horror e ficção científica, esse é o enredo da maior parte da produção de Howard Phillips Lovecraft, escritor norte-americano responsável pela criação do mito de Cthulhu, criatura até hoje cultuada por seitas diversas. Os contos de Lovecraft e suas criaturas tiveram tal repercussão que chegaram a influenciar diversas bandas de rock, como Iron Maiden, Metallica e Black Sabbath.
 Neste livro, reunimos alguns de seus contos mais temíveis e famosos: O chamado de Cthulhu, O horror de Dunwich, Sussurros na escuridão e O assombrador das trevas.

Orelha 1

"A emoção mais forte e mais antiga do homem é o medo, e a espécie mais forte e mais antiga de medo é o medo do desconhecido. Poucos psicólogos contestarão esses fatos e a sua verdade admitida deve firmar para sempre a autenticidade e dignidade das narrações fantásticas de horror como forma literária."
Howard Phillips Lovecraft

“A minúcia com que Lovecraft constrói suas personagens, o cuidado com que cada detalhe é tramado com outros detalhes, torna sua obra sólida em termos de verossimilhança, embora ele nos apresente mundos bizarros que vão muito além do que poderíamos imaginar. A descrição das paisagens também é rica e minuciosa, proporcionando o clima adequado de mistério e terror.
Às personagens, mesmo as mais sensíveis às coisas e aos seres de outros mundos, não se revela tudo. (...) Sem dúvida, o autor conta com a imaginação do leitor para completar e dar corpo à sua ficção.”
Lenita Maria Rimoli Esteves

Orelha 2

Considerado por muitos críticos um dos escritores de terror mais influentes do século XX, Howard Phillips Lovecraft (1890-1937) nasceu na região da Nova Inglaterra – da qual também proveio Edgar Allan Poe –, na cidade de Providence, Rhode Island.
Foi um jovem solitário e doente, de família abastada – era neto de um proeminente industrial, Whipple Van Buren Phillips –, que cresceu sem a presença do pai.
Casou-se com a comerciante judia Sonia Haft Green. Mas, em virtude de uma série de problemas financeiros, divorciou-se e passou a viver com duas tias. Nessa época, teve sua fase de maior produtividade, destacando-se por seus contos de terror góticos e tornando-se um dos precursores da ficção científica nos Estados Unidos.